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À crescente visibilidade que a juventude parece ter no cenário público, mais claramente se impõe a constatação da diversidade da experiência de ser jovem através dos diferentes grupos sociais, culturais e econômicos. Ser jovem não corresponde a compartilhar os mesmos tipos de experiência com todos aqueles que, coincidentemente, têm a mesma idade; e nem, muito menos, significa poder agir, sentir e valorar, da mesma forma, as relações com os pares, com os mais velhos, o sentido de futuro e os deveres de pessoa e cidadão.

“Tornar-se”, como o contínuo processo de ser, demanda que os sujeitos humanos (re)-inventem permanentemente os sentidos de sua existência.

De 2006 a 2014, em nome da guerra contra o crime organizado, 45 mil pessoas foram mortas no México, a imensa maioria das vítimas sendo jovens do sexo masculino. No Uruguai, para um adulto pobre, existem sete a oito crianças ou jovens pobres, os primeiros a serem afetados nas crises econômicas nacionais e internacionais, e os últimos a se beneficiarem em caso de fortalecimento econômico.

Neste momento assistimos a mais um episódio da cena política brasileira que, ao investir contra o pacto social acordado na Constituição Federal, cria factoides da realidade social cujos desdobramentos serão nefastos sobre a juventude e suas relações com a geração dos adultos.

Henrique Caetano Nardi *
No Brasil, a intensidade das formulações homofóbicas e heterossexistas presentes nas escolas é alarmante. Estudo recente1 da UNESCO, envolvendo estudantes brasileiros do ensino fundamental, seus pais e professores, aponta para um alto grau de rejeição à homossexualidade na comunidade escolar. As conclusões da pesquisa afirmam que um terço de pais de alunos e um quarto dos próprios alunos não gostariam que homossexuais fossem colegas de escola de seus filhos (essa taxa de rejeição chega a 60% em alguns estados).

Lucia Rabello de Castro
Crianças e jovens costumam ser personagens utilizados para provocar comoção sentimental que num determinado momento pode se disseminar, mas acaba não surtindo efeitos significativos para a transformação da realidade.

Brito Andrade *
Chegar a uma conclusão quando o assunto é violência urbana pode ser fácil demais devido à carga de informações lançadas constantemente pela mídia. Porém, uma opinião mais reflexiva sobre o assunto não depende apenas do uso dessas informações, é necessário ter um olhar crítico e intenso a respeito. Desde que nasci moro no Complexo do Alemão, e hoje, com 20 anos de idade, acompanho a vida da comunidade em seus medos, angústias e também nos momentos felizes.

Keila Deslandes *
A resposta parece demasiado óbvia. Adolescência não combina com gravidez. A adolescente que engravida – ou, o adolescente que engravida uma mulher -, não está preparada para assumir a chamada “parentalidade”, “parenthood”. Não é socialmente competente, como disse o psicanalista E. Erikson, para transmitir os valores da cultura à sucessão geracional. Não tem desenvolvimento biológico para enfrentar uma gravidez. Abandona a escola e perde a chance de se inserir socialmente. Ou, ainda, relega a criação do rebento aos avós, se tornando irmão do próprio filho.

Paula Mancini C. M. Ribeiro *
Uma situação de violência doméstica é diferente do que nomeamos como violência urbana. Em uma situação de violência urbana, situação colocada no cenário público e na maioria das vezes pontual, o autor da violência é desconhecido. Trata-se de uma situação que pode ser mais facilmente identificada e circunscrita, e isso é diferente de uma situação de violência doméstica.

Yvonne Maggie*
No dia 26 de janeiro de 2005, o Juiz Federal Substituto em exercício na 1ª Vara, Vicente De Paula Ataide Junior, exarou uma sentença na qual indeferiu um pedido de liminar impetrado por uma vestibulanda de medicina da Universidade Federal do Paraná que considerou seu direito esbulhado por não ter obtido a vaga devido ao sistema de cotas.