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DESidades 04

À crescente visibilidade que a juventude parece ter no cenário público, mais claramente se impõe a constatação da diversidade da experiência de ser jovem através dos diferentes grupos sociais, culturais e econômicos. Ser jovem não corresponde a compartilhar os mesmos tipos de experiência com todos aqueles que, coincidentemente, têm a mesma idade; e nem, muito menos, significa poder agir, sentir e valorar, da mesma forma, as relações com os pares, com os mais velhos, o sentido de futuro e os deveres de pessoa e cidadão.

Nesta edição da DESidades, as seções do Espaço Aberto e Temas em Destaque focalizam aspectos diversos da temática da juventude, apontando, principalmente, para as descontinuidades que existem na experiência de ser jovem no contemporâneo. A experiência de ser jovem indígena Chibuleo, no Equador, por exemplo, está marcada pelas tensões entre o mundo comunal indígena em que ele nasceu e vive, e a crescente “descomunalização” de sua experiência, frente ao processo crescente de urbanização e o movimento de migração para as cidades. Por outro lado, para os jovens urbanos das classes médias, seja no Brasil ou no Canadá, é a perspectiva de se inserir plenamente na sociedade por meio da obtenção de uma posição de trabalho na estrutura laboral que marca sua experiência de ser jovem. Obter um trabalho que possibilite reconhecimento, felicidade e auto-realização dá sentido e formata suas ações como jovem. São experiências bem distintas – a dos jovens indígenas equatorianos, e a dos jovens brasileiros e canadenses de classes médias. Elas são marcadas por valores e tensões diferentes que produzem sujeitos jovens cujos ideais, valores e maneiras de ser podem ser radicalmente díspares.

 

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