JA Wall - шаблон joomla Форекс

A INFÂNCIA NO FIO DA NAVALHA: CONSTRUÇÃO TEÓRICA COMO AGIR ÉTICO

O artigo aborda o debate sobre a ética na pesquisa em Ciências Humanas, mais particularmente na pesquisa com crianças e como as condições de interlocução do pesquisador com os sujeitos que participarão de sua pesquisa têm ocupado um papel central.

Considerando esse foco, a intenção é trazer para o centro do debate a dimensão ética que se faz presente na própria teoria, isto é,conceber a teoria como um agir ético. Parte-se do pressuposto de que a pesquisa em Ciências Humanas sempre implica um outro, mesmo que não haja previsão de um trabalho de campo. O outro está incrustrado na teoria, seja naquilo que o conhecimento sistematizado pela humanidade já nos oferece como perspectiva de visada, seja naquilo que inauguramos com o nosso próprio pensar. Pensar, neste sentido, é um agir ético, na medida em que implica um outro e um posicionamento sobre esse outro. Quem é o outro-criança para os pesquisadores da infância? Que implicações éticas se impõem quando nos colocamos a pensar a infância? Por que pensar a infância? Para quê? Qual o lugar das crianças na teoria que produzimos sobre elas? Neste texto procuraremos perseguir essas indagações a partir da tensão que se dá entre participação e tutela, proteção e autoria, experiências de alteridade entre crianças e adultos na vida social que são postas em xeque no fazer
teórico, posto que teorizar não implica apenas em descrever o mundo social, mas também em instaurá-lo.

Autores: Rita Ribes Pereira, Lisandra Ogg Gomes, Conceição Firmina Seixas Silva.
Palavras-chave: Infância. Ética. Participação das Crianças. Proteção.
Referência completa:

Pereira, R. R., Gomes, L. O., & Silva, C. F. S. (2018). A infância no fio da navalha: construção teórica como agir ético. ETD - Educação Temática Digital20(3), 761-780. https://doi.org/10.20396/etd.v20i3.8649227