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Infâncias do Sul: a infância na perspectiva descolonial - desafios teóricos e empíricos

Este projeto de pesquisa visa construir condições teóricas e empíricas de abordar e compreender as infâncias do Sul a partir de uma perspectiva descolonial. Parte-se da questão fundamental de problematizar a produção teórica no campo da infância construída mormente pela contribuição hegemônica dos pesquisadores do Norte (Europa e EUA) no âmbito da divisão internacional de trabalho científico. 

O conceito de infâncias do Sul que se pretende aprofundar e afinar neste projeto aponta um deslocamento e um desprendimento (“delinking”), desde a crítica descolonial, em relação a um alinhamento teórico automático a epistemologias dominantes cuja pretensão universalista, no campo da infância, mascara suas condições locais e particulares de origem. O projeto de “infâncias do Sul” visa a construção de articulações entre as demandas e as questões sociais locais do campo da infância e a produção teórica, a qual deve dar inteligibilidade a como tais demandas emergem e se constituem na trama das condições sociais, culturais e políticas do contexto específico. A envergadura deste projeto, além do que pode ser respondido pelo presente projeto de pesquisa em termos do provimento de direções de análise teórica e temas de investigação empírica, abarca também a criação de dispositivos institucionais e coletivos, no país e na América Latina, que poderão ampliar a interlocução sobre as “infâncias do Sul”, sem prejuízo, contudo, do diálogo necessário com outros pesquisadores internacionais, inclusive os do Norte. Dando seguimento a investigações empíricas anteriores, o projeto pretende também aprofundar, no âmbito da perspectiva de uma infância produzida no Sul, o domínio do “comum” nas práticas sociais e políticas em que as crianças estão inseridas ao habitarem o mundo e participarem de sua co-construção.

Coordenação:

Lucia Rabello de Castro (IP/UFRJ)

Ano de início: 2018