Como veremos, desde os 8 anos, este jovem passou a ser encaminhado pela escola a diversos serviços de saúde mental com queixas de dificuldade de aprendizagem e agitação no ambiente escolar. Inserido, deste modo, no campo das especialidades (psiquiatria, psicologia, neurologia), logo foi diagnosticado com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e retardo mental leve. A partir da psicanálise, pretendemos analisar de que modo o enquadramento do mal-estar apresentado pelo jovem dentro de uma categorização diagnóstica medicalizante reforça a sua dificuldade em se engajar no trabalho de subjetivação da adolescência, que o permitiria assumir uma posição desejante e construir um discurso próprio sobre si mesmo.
Autores: | Luciana Gageiro Coutinho e Amanda da Silva Moreira |
Palavras-chave: | Adolescência; psicanálise; educação; medicalização |
Referência completa: |
Moreira, A. S.; COUTINHO, L. G. Efeitos da medicalização na travessia adolescente. Revista de Psicologia da UFC, v. 9, p. 51-61, 2018. |